quinta-feira, 20 de setembro de 2012

SEGUNDO TURNO EM TAUBATÉ

A respeito do segundo turno das eleições para prefeito de Taubaté recomendo que leiam meu artigo "JÚNIOR BATEU NO TETO ANTES DA HORA", publicado no excelente Blog do jornalista Irani Lima e no Diário de Taubaté desta quinta-feira, dia 20.
O link é:

http://www.iranilima.com/2012/09/junior-bateu-no-teto-antes-da-hora.html

Coincidências em série no julgamento do ‘mensalão’ sugerem golpe da direita | Jornal Correio do Brasil

Coincidências em série no julgamento do ‘mensalão’ sugerem golpe da direita | Jornal Correio do Brasil

FOLHA MENTE NAS PESQUISAS. PRÁ VARIAR...


Antonio Donato: “Enquanto estiver na margem de erro, eles não vão anunciar”

publicado em 19 de setembro de 2012 às 21:18
por Conceição Lemes
Na segunda-feira 17, a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna na Folha de S. Paulo, manchetou: “Eu não vou fugir do Brasil”, diz Dirceu.
Ontem, 18, reportagem de Cátia Seabra, também na Folha, afirmou: Abatido, Genoino, se prepara para enfrentar prisão.
Nesta quarta 19, matéria de Daniela Lima, de novo na Folha, assegurou: Haddad diz que é degradante ser ligado a Dirceu, Delúbio e Maluf.
Que a Folha de S. Paulo é visceralmente pró-PSDB e antipetista, até as águas de esgoto do rio Tietê sabem. Só que nos últimos dias forçou mais a mão.
Por que será?
A entrevista que fiz no final desta tarde com o vereador Antonio Donato (PT-SP), coordenador-geral da campanha de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo, ajuda a explicar.
Viomundo — Como o senhor interpreta as matérias que saíram na Folha nos últimos dias?
Antonio Donato — Na verdade, a grande mídia se alinha com a única bala que ela tem para tentar salvar o Serra nessa eleição: é dar uma super-dimensão à questão do chamado mensalão.  Mas eles perderam duas vezes a eleição falando de mensalão [Lula,em 2006, Dilma, em 2010] e vão perder a terceira.
Viomundo – Em relação à matéria que cita o Haddad, o que achou?
Antonio Donato — A Folha distorceu totalmente a informação. Primeiro que não é o Haddad que fala. É uma peça na Justiça que fala. E o que a peça na Justiça diz é que a maneira como a questão foi abordada é que é degradante.
Na verdade, degradante é ter um jornal que se presta a distorcer, mentir…
Viomundo – Seria desespero da grande mídia com a candidatura Serra?
Antonio Donato — A ligação Serra-mídia é antiga e umbilical. O desespero da campanha do Serra contamina a mídia. O Serra, por sua vez, é realimentado pelo desespero da mídia que tenta salvá-lo. Mas o Serra não estará no segundo turno.
A grande mídia está tentando mostrar uma realidade sobre o PT e a candidatura Haddad que a população não enxerga dessa maneira.
Eles [a grande mídia] tentam manter um núcleo duro de antipetismo, que é forte na cidade de SP. Nós sabemos disso. Mas esse núcleo duro está se desagregando graças ao governo Kassab, ao Serra, ao cansaço, ao enjôo — ou seja lá o nome que se dê – a um político que a cidade quer virar a página.
São Paulo decidiu virar a página em relação ao Serra e isso os deixa [grande mídia] muito atordoados.
Viomundo – E as pesquisas?
Antonio Donato – No trackking de hoje, 19 de setembro, nós estamos 2 pontos na frente do Serra. Mais precisamente nós estamos com 18 e o Serra com 16.
Viomundo – E o Russomanno?
Antonio Donato – 35.
Viomundo – Será que os grandes institutos vão acusar a passagem do Haddad sobre o Serra já na próxima pesquisa?
Antonio Donato – Se acusarem a ultrapassagem, a campanha do Serra termina. Você pode ter um voto útil contra o PT que pode ir para o Russomanno. E, aí, desfazer ainda mais a campanha do Serra nesse núcleo duro aqui em São Paulo.
Acredito que vão empurrar ao máximo com a barriga a divulgação dessa ultrapassagem, a menos que a gente consiga abrir uma vantagem muito grande. Enquanto estiver na margem de erro, eles não vão noticiar. Nós não podemos ter essa ilusão. O DataFolha, como o próprio nome diz, é da Folha. É o patrão.
http://www.viomundo.com.br/politica/antonio-donato-enquanto-estiver-na-margem-de-erro-eles-nao-vao-anunciar.html

terça-feira, 18 de setembro de 2012

RUIU MAIS UMA MENTIRA DA VEJA


Quem não tem voto, caça com Veja.

Reportagem ancorada em supostas declarações já negadas pelo empresário Marcos Valério produziu uma reação esperada: José Serra pediu que o Ministério Público investigasse a “entrevista” e levasse o caso ao STF. Ou seja: depois da Ação Penal 470, Lula também poderia vir a se tornar réu, ficando assim impedido de voltar à presidência
 247 – Desde 1º de janeiro de 2003, a revista Veja tem se destacado por ser uma trincheira de combate ao chamado “lulismo”, seja por meio de denúncias nem sempre verdadeiras, seja por meio de ataques diretos feitos por colunistas como Diogo Mainardi (já fora da publicação), Augusto Nunes e Reinaldo Azevedo. De todas as incontáveis capas produzidas por Veja, a que talvez melhor simbolizasse o sentimento do dono, Roberto Civita, era aquela chamada “Essa doeu”, em que Lula levava um pontapé no traseiro – o pretexto era uma negociação relativa ao preço do gás comprado da Bolívia. Houve ainda outro episódio em que, no auge de mensalão, Lula foi grafado como Lulla – a esperança de Civita era que, naquele momento, a revista fosse capaz de liderar um movimento nas ruas pelo impeachment do ex-presidente, tal qual ocorreu com Collor.
Esse movimento não aconteceu porque a oposição, liderada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, não teve coragem para tentar cassar o primeiro presidente de origem popular da história do País e para enfrentar, nas ruas, a força dos movimentos sociais ligados ao PT. Faltou coragem, mas o desejo de eliminar Lula da cena política brasileira permaneceu vivo.
Veja manteve seu padrão de jornalismo mais próximo da ficção do que da realidade, com denúncias como as dos dólares de Cuba, dos envelopes com R$ 200 mil entregues na Casa Civil de Dilma Rousseff e da propina entregue na garagem do Ministério dos Transportes (acusação da qual o ex-ministro Orlando Silva já foi inocentado). Mas o PT, enquanto esteve no governo, não ousou confrontá-la. Ao contrário, manteve até uma relação de civilidade, expressa no fato de que o grupo Abril é um dos principais beneficiários da publicidade oficial no País, em razão da suposta audiência de suas publicações. Além disso, não foi capaz nem sequer de convocar Civita e um dos jornalistas de Veja a depor na CPI do caso Cachoeira.
Ao longo dessa guerra santa deflagrada pela revista contra o chamado lulismo, nada foi tão ousado como a capa deste fim de semana, em que a revista sugere ter entrevistado Marcos Valério, pivô do mensalão, publicando entre aspas várias declarações já negadas pelo publicitário. Uma das aspas, a de que Lula não apenas sabia, como era o chefe de tudo e se engajava pessoalmente na arrecadação de um caixa de R$ 350 milhões do PT.
É verdade? Valério falou com Veja? Pode ser, como pode não ser. Veja não dispõe dos áudios e nada garante que o empresário realmente tenha falado à revista em off. Ocorre, no entanto, que a reportagem já é tratada pelos adversários de Lula, e aliados de Veja, como José Serra – e que falta faz um Demóstenes Torres! – como uma “entrevista”. Algo que, portanto, deveria gerar reações dos órgãos institucionais, como o Ministério Público, a Polícia Federal e o Supremo Tribunal Federal.
Os réus da Ação Penal 470, ao que tudo indica, serão majoritariamente condenados até o fim deste ano. Alguns deles, como Marcos Valério, João Paulo Cunha e Henrique Pizzolato, serão presos em regime fechado. Outros, como José Dirceu, Delúbio Soares e José Genoíno, conhecerão seu destino nos próximos dias.
A oposição não teve coragem para provocar o impeachment de Lula, mas pode tentar levá-lo ao banco dos réus. Quem não tem voto, caça com Veja. Era esse o objetivo da última capa de Veja.
Política, pura e simplesmente.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

ATÉ A FOLHA DESMENTE A VEJA!


Advogado volta a negar entrevista de Marcos Valério a revista

PUBLICIDADE
PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE
O advogado Marcelo Leonardo voltou a negar nesta segunda-feira (17) que o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, seu cliente, tenha concedido entrevista à revista "Veja".
Segundo reportagem da revista publicada no fim de semana, Valério disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva era o "chefe" do esquema do mensalão. "Veja" atribuiu as informações a "parentes, amigos e associados" do empresário mineiro.

No sábado (15), o advogado de Valério havia dito inicialmente que não confirmava nem desmentia as declarações do cliente. Mais tarde, afirmou que Valério negou o teor da reportagem. "Ele não deu entrevista e negou toda a matéria, inclusive as declarações", disse.
Leonardo afirmou ainda desconhecer a existência de fitas com revelações supostamente gravadas por Valério, ainda em 2005, e guardadas em cofres de bancos. As fitas seriam garantias para ele continuar vivendo, conforme publicado nesta segunda-feira (17) pelo colunista Ricardo Noblat, em "O Globo".
Disse o colunista que uma quarta fita teria sido enviada ao PT, para que tomassem ciência da existência e do conteúdo comprometedor das gravações.
ESPANCAMENTO
Leonardo confirmou que Valério foi espancado por presos durante o período em que ficou preso no presídio de Tremembé, em São Paulo, de outubro de 2008 a janeiro de 2009.
Valério foi preso na ocasião sob acusação de forjar um inquérito policial para prejudicar dois fiscais que haviam multado a cervejaria Petrópolis, para quem o empresário prestava consultoria. Também ficou preso em Tremembé o advogado Rogério Tolentino, sócio de Valério e também réu no mensalão.
Por causa desses espancamentos, Valério teria agora medo de voltar para a cadeia e morrer.
"Na época, ele fez até exames. Isso existiu sim", confirmou o advogado Leonardo sobre os espancamentos.
O advogado, porém, disse desconhecer os motivos e que precisaria conversar com o seu cliente, mas que "por motivos de segurança" prefere não fazê-lo.
A história do espancamento veio à tona em março de 2009. Na ocasião, Leonardo não confirmou nem desmentiu as informações sobre as agressões.
Na ocasião, o jornal "Hoje em Dia", de Belo Horizonte, publicou que Valério teve que recorrer a uma facção criminosa que atua em presídios de São Paulo para protegê-lo na prisão em Tremembé.
Por quatro vezes presos teriam invadido a cela de Valério em busca de informações sobre um suposto DVD com informações comprometedoras.

Novas denúncias ferem a credibilidade da Ação Penal 470 e da mídia conservadora | Jornal Correio do Brasil

Novas denúncias ferem a credibilidade da Ação Penal 470 e da mídia conservadora | Jornal Correio do Brasil

domingo, 16 de setembro de 2012

VALÉRIO DESMENTE OUTRA MENTIRA DA VEJA


A "entrevista bombástica" que a Veja divulga nunca aconteceu

Fonte: Brasil 247

Desde ontem à noite, Veja anuncia por meio de dois de seus porta-vozes extraoficiais, os jornalistas Augusto Nunes e Reinaldo Azevedo, uma capa bombástica contra o ex-presidente Lula. A “mais importante desde a entrevista de Pedro Collor”, que gerou o impeachment de seu irmão Fernando Collor, há exatos vinte anos. A capa, no entanto, não entrega a mercadoria. Traz uma declaração de Marcos Valério de Souza (“Não podem condenar apenas os mequetrefes. Só não sobrou para o Lula porque eu, o Delúbio e o Zé não falamos”) que não foi dita diretamente à revista. Trata-se, na verdade, de algo dito a interlocutores próximos do empresário, já condenado na Ação Penal 470, mas não oficialmente à revista. Off the records, portanto.

A reportagem começa com uma narrativa sobre a rotina de Valério, como o fato dele levar todos os dias os filhos à escola, para dar ar de verossimilhança ao texto. Mas nenhuma das declarações – todas elas capazes de provocar uma crise política de proporções inimagináveis – foi dita a jornalistas da revista. Eis algumas delas:

“Lula era o chefe”.

“Dirceu era o braço direito do Lula, o braço que comandava”.

“O Delúbio dormia no Alvorada. Ele e a mulher dele iam jogar baralho com o Lula à noite”.

“O caixa do PT foi de 350 milhões de reais”.

“(Depois da descoberta do escândalo), meu contato com o PT era o Paulo Okamotto. O papel dele era tentar me acalmar”.

“O PT me fez de escudo, me usou como boy de luxo. Mas eles se ferraram porque agora vai todo mundo para o ralo”.

“Vão me matar. Tenho de agradecer por estar vivo até hoje”.

Não sabe, portanto, se Valério realmente disse o que Veja atribui a ele. Pode ter dito, como não dito. O fato é que não assume publicamente suas declarações – algo bem diferente do que aconteceu vinte anos atrás, com Pedro Collor. Em vários depoimentos, todos eles gravados, ele narrou ao jornalista Luís Costa Pinto, então repórter da revista em Recife, detalhes da vida privada do ex-presidente Collor. Era uma entrevista em “on” – contestada apenas por aqueles que diziam que Pedro Collor não estava no juízo normal quando deu suas declarações.

No caso atual, pode-se acreditar ou não na versão de Veja. Valério disse porque Veja disse que disse. Ou Valério não disse porque Veja mantém sua cruzada contra o ex-presidente Lula, iniciada em 1º de janeiro de 2003, dia de sua posse.

Como se sabe, Lula não foi alvo de um processo de impeachment em 2005, porque a oposição, regida pelo antecessor Fernando Henrique Cardoso, não teve coragem de enfrentá-lo. Sobrou para o “capitão do time” José Dirceu, muito embora o delator Roberto Jefferson agora acuse Lula de ser o “mandante” de todo o esquema – uma contradição que o procurador Roberto Gurgel desconsidera, uma vez que Jefferson serve para incriminar Dirceu, mas não Lula.

Agora, com a capa desta semana, Veja sugere que Marcos Valério poderá fazer uma delação premiada para incriminar também o ex-presidente Lula. Assim, não apenas alguns símbolos da era Lula seriam condenados, como, talvez, o próprio ex-presidente.

Anunciam-se tempos de radicalização política no País.

ADVOGADO: VALÉRIO "NÃO CONFIRMA" FRASES DE VEJA 


O advogado de Marcos Valério afirmou neste sábado que seu cliente "não confirma" as informações publicadas na revista Veja deste final de semana. Marcelo Leonardo, que defende o publicitário na Ação Penal 470 no Supremo Tribunal Federal (STF), disse que Valério não concedeu entrevista à revista, segundo notícia publicada pelo Jornal do Brasil Online. Reportagem da publicação dá frases do réu no caso do "mensalão" que teriam sido ditas a supostos interlocutores próximos, como amigos e familiares (leia mais).

O advogado considera desnecessário, no entanto, tomar alguma atitude contra a revista. "O próprio perfil da revista torna desnecessário tomar qualquer atitude. O STF, por seus ministros, tem dito que eles julgam de acordo com a prova existente nos autos e não decidem com base em matérias que saem na imprensa. Entendo que essa matéria, que não tem conteúdo relativo a entrevista porque ele não deu nenhuma entrevista, não vai repercutir em nada no julgamento", afirmou. 

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Altamiro Borges: Globo concentra verba publicitária

Altamiro Borges: Globo concentra verba publicitária: Da revista CartaCapital : CartaCapital tem sido sistematicamente acusada de receber enormes quantias em publicidade do governo federal para...

O ESCÂNDALO DE ORTIZ JÚNIOR, INVESTIGADO


MP CONFIRMA QUE INVESTIGAÇÃO SOBRE CARTEL ATINGE ORTIZ JUNIOR



Candidato do PSDB é acusado de cobrar propina de fornecedores da FDE, órgão do governo do Estado presidido por seu pai.
O Ministério Público de São Paulo investiga o envolvimento do candidato do PSDB à Prefeitura de Taubaté, Ortiz Junior, em um suposto esquema de fraudes em licitações da FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação), entidade ligada ao governo do Estado que é presidida pelo pai do tucano, o ex-prefeito José Bernardo Ortiz (PSDB).
A informação foi confirmada ontem por Silvio Antonio Marques, promotor de Justiça do Patrimônio Público e Social da capital.
“A investigação menciona o nome dele \[Junior\] e o do pai. Isso consta na representação inicial, que foi como a denúncia chegou até a Promotoria”, afirmou.
A denúncia foi encaminhada ao Ministério Público em maio pela bancada do PT na Assembleia Legislativa. O inquérito foi aberto em julho.
De acordo com a representação, Junior teria facilitado a formação de um cartel de empresas, que passaria a ganhar licitações da FDE. Em troca, receberia dinheiro para financiar sua campanha a prefeito.
Denúncia. A representação aponta que houve um acordo entre empresas para venda de mochilas à FDE.
A denúncia é de que o resultado de uma licitação feita em 2011 foi previamente combinado entre as firmas, o que é ilegal.
Por meio do processo, aberto em junho daquele ano, a Fundação adquiriu 4,5 milhões de mochilas para alunos da rede estadual. Foram investidos R$ 39,9 milhões.
A suspeita de fraude foi levantada por Djalma da Silva Santos, ex-funcionário da empresa Diana Paolucci, que participou do certame.
Em agosto do ano passado, antes do resultado da licitação, o advogado de Santos, José Eduardo Bello Visentin, registrou em cartório as firmas que venceriam o pregão.
Participação. O suposto envolvimento de Junior no esquema veio à tona em agosto deste ano, após entrevista de Djalma Santos à revista “Isto É”.
O denunciante afirmou que o tucano se aproveitava do fato de ter o pai como presidente da FDE para obter informações privilegiadas sobre licitações. Esses dados seriam passados a empresas que fariam parte do cartel. Em troca, as firmas pagariam ao tucano 5% do valor de cada contrato.
Explicações. Na semana passada, Djalma requisitou permissão para usar a tribuna livre da Câmara de Taubaté para esclarecer as acusações.
O pedido chegou a ser aceito pela presidência do Legislativo e foi agendado para ontem, mas acabou barrado após uma representação do vereador João Virgílio (PP) –o parlamentar alegou que Santos não havia informado previamente o tema de seu pronunciamento, o que desrespeitaria o regimento interno da Câmara.
José Eduardo Bello Visentin, advogado do denunciante, tentou representar o cliente na tribuna, sem sucesso. “Nosso interesse é mostrar que tudo o que o Djalma falou à revista é verdade. Ele não tem interesse político. Existem provas, e elas estão com o MP”, disse.
Segundo o advogado, Santos estaria recebendo ameaças após ter feito as denúncias. “Mandaram para ele uma foto do filho. Depois, ligaram ameaçando ele e a família”, afirmou. O advogado não mostrou a foto, nem apresentou prova das supostas ameaças.
ENTENDA O CASO
DENÚNCIA
Ministério Público investiga supostas irregularidades em licitações da FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação), presidida pelo ex-prefeito de Taubaté, José Bernardo Ortiz (PSDB)
ROMBO
Segundo a representação, duas empresas foram favorecidas em contratos para compra de mochilas, que somam R$39,9 milhões
PARTICIPAÇÃO
Denúncia diz que Ortiz Junior (PSDB) facilitou a formação do cartel. Em troca, ele receberia propina para financiar sua campanha à prefeitura
‘Acusações não têm lógica’, diz candidato
TAUBATÉ
O candidato Ortiz Junior nega envolvimento com qualquer irregularidade.
“Não tem sentido esse tipo de acusação, não tem lógica. Ele \[Djalma Santos\] quer causar um prejuízo eleitoral. Provavelmente está sendo financiado por algum candidato”.
Junior confirmou que conhecia Santos, mas disse nunca ter procurado o ex-funcionário da Diana Paolucci para favorecer empresas.
“Acho que ele, por me conhecer, esperava ganhar algo em troca \[na FDE\]. A Diana disputou cinco licitações, e perdeu todas. Isso é receber algum benefício? Ele deve ter sido demitido por não ganhar nenhum pregão, e passou a me atacar”, afirmou.
O tucano disse que, após tomar conhecimento das denúncias, decidiu entrar na Justiça contra Santos.
“Ele nunca provou nada. Então, vai ter que responder por calúnia, injúria e difamação. A denúncia surgiu faz tempo, por que eles voltam com isso agora? É puramente eleitoral”, disse o candidato.
Reação. Junior disse que já tinha conhecimento de que era investigado pelo Ministério Público, mas que não foi chamado pela promotoria para prestar esclarecimentos.
“Isso é um processo normal. Se uma denúncia é feita, ela precisa ser apurada. O que não pode acontecer é o uso político disso. Por que o Ministério Público não divulgou nada ainda? Porque, até agora, nada foi comprovado”.
O Vale

Cadê o julgamento do mensalão ? | Conversa Afiada

Cadê o julgamento do mensalão ? | Conversa Afiada

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

terça-feira, 4 de setembro de 2012

domingo, 2 de setembro de 2012

O IMPASSE DA DIREITA PAULISTA

Os porta-vozes da direitona-burra em São Paulo não sabem mais para onde caminhar. Seu candidato preferencial (já que o Maluf é carta queimada, o Erasmo Dias já morreu e o Fleury ela própria teve que "apagar", não emplaca mesmo. O apoio total da velha mídia, o PIG, não fez o Serra subir um pontinho nas suas falsas pesquisas: o cara desaba vertiginosamente.
Os mais espertos desta direitona-burra, como um Rei do Esgoto (vulgo Reinaldo Azevedo) já estão pulando do barco Serra, como fazem os ratos quanto um navio está afundando. Começam a investir em Russomano que, todos sabem, já foi malufista, covista, quercista, etc., ou seja, está no mercado. "Este nós podemos controlar facilmente, custa pouco".
Vale tudo para evitar que Lula eleja o Haddad. Vale manipular e pressionar o Supremo Tribunal Federal para que mude as leis e princípios do Direito. Vale inventar que o Serra é competente. Vale esconder que ele não é candidato a prefeito, mas sim a presidente da República para acabar de vender o Brasil.
Só há um detalhe: o povão que vai votar (e aí incluo todas as classes médias e boa parte dos ricos paulistanos) está de saco-cheio com tanta armação. Todo mundo já sabe que a Globo é comitê do Serra, assim como a Folha, o Estadão, e a nazista veja. Não cola mais tanta mentira.
Nem as pessoas que conheço filiadas ao PSDB, as que reputo honestas e sociais-democratas, aceitam mais o Serra e suas posições atrasadas e criminosas. O Serra é o maior inimigo do PSDB: vai forção o partido a mudar de nome e apagar sua história que teve Montoro, Covas e tantos outros líderes exemplares.
Serra acredita no discurso fascista e burro de um Reinaldo Azevedo, de um Olavo de Carvalho (sustentado nos EUA pelo Afif Domingos, condenado pelo roubo que praticou contra a Imesp - Imprensa Oficial do Estado de São Paulo - os detalhes estão em livros de Fernando Morais e de outros). Serra só tem um programa : "Tenho que ser presidente para acabar de entregar o Brasil aos meus patrícios norte-americanos, franceses, alemães, holandeses, etc. Tenho que ser presidente para voltarmos a ser uma elite poderosa com um povinho escravo, como sempre fomos".
Como nada disso pode ser dito nos programas eleitorais de TV, ele finge ser um ser humano preocupado com o povo, do qual tem asco. E o povo sabe disso, porque não é burro.
Acaba-se a era tucana na capital, e logo acabará no Estado de São Paulo. Não sou petista e serei o primeiro crítico das besteiras que porventura o Haddad fizer. Mas votaria nele, com paz de consciência.

sábado, 1 de setembro de 2012

NA FESTA DO "MENSALÃO" O POVO NÃO PARTICIPA


Buffet farto, orquestra afinada e pista vazia

by easonnascimento

 

Por Saul Leblon no site Carta Maior

Há certo gosto de decepção no ar. O conservadorismo que durante meses, anos, cultivou o julgamento do chamado mensalão como uma espécie de terceiro turno sanitário, capaz de redimir revezes acumulados desde 2002 no ambiente hostil do voto, de repente percebe-se algo solitário na festa feita para arrebanhar multidões.
Como assim se os melhores buffets da praça foram contratados; a orquestra ensaiou cinco anos a fio e o repertório foi escolhido a dedo?
Por que então a pista está vazia?
Pouca dúvida pode haver, estamos diante de um evento de coordenação profissional.
O timing político coincide exatamente com o calendário eleitoral de 2012; a similitude e a precedência comprovadas do PSDB na mesma e disseminada prática de caixa 2 de campanha --nem por isso virtuosa--, e que ora distingue e demoniza o PT nas manchetes e sentenças, foi enterrada no silêncio obsequioso da mídia.
Celebridades togadas não sonegam seu caudaloso verbo à tarefa de singularizar o que é idêntico.Tudo caminha dentro do figurino previsto, costurado com o afinco das superproduções, o que falta então?
Apenas o essencial: a alegria do povo.
A população brasileira não tem ilusões. Ninguém enxerga querubins no ambiente nebuloso da luta política. Consciente ou intuitiva, ela sabe a seu modo que a política brasileira não é o que deveria ser: o espaço dos que não tem nenhum outro espaço na economia e na sociedade.
A distância em relação ao ambiente autofestivo da mídia condensa essa sabedoria em diferentes versões.
Privatizada pelo financiamento de campanha a cargo dos mercados, a política foi colonizada pelos mercadores. Afastada do cidadão pelo fosso cravado entre a vontade da urna e o definhamento do voto no sistema representativo, a política é encarada exatamente como ela é: um matrimônio litigioso entre a esperança e a decepção.
O PT do qual se cobra aquilo que não se pratica em muitos círculos - à direita e à esquerda - é protagonista dessa ambiguidade; personagem e cronista dos seus limites, possibilidades e distorções.
Que tenha aderido à lógica corrosiva do financiamento eleitoral vinculado ao caixa 2 das empresas e , ao mesmo tempo, protagonizado um ciclo de governo que faz do Brasil hoje o país menos desigual de sua história (de obscena injustiça social), ilustra a complexidade desse jogo pouco afeito a vereditos binários.
Essa ambiguidade não escapa ao discernimento racional ou intuitivo da sociedade.
Se por um lado semeia degenerações clientelistas e apostas recorrentes nos out-siders que se apresentam como entes 'acima dos partidos', ao mesmo tempo é uma vacina de descrença profilática em relação a encenações de retidão como a que se assiste agora.
A repulsa epidêmica dos eleitores de São Paulo a um dos patrocinadores
desse rega-bofe, do qual se imaginava o principal beneficiário, é sintomática do distanciamento que amarela o riso de vitória espetado nos cronistas convidados a animar o evento.
O baixo custo eleitoral do julgamento em curso no STF, contudo, não deve ensejar alívio ou indiferença na frente progressista da qual o PT é um polo central.
O julgamento do chamado 'mensalão' por certo omite o principal e demoniza o secundário. Ao ocultar a dimensão sistêmica a qual o PT aderiu para chegar ao poder, sanciona o linchamento de um partido democrático, uma vez que desautoriza seu principal argumento de defesa.
A meia-verdade atribuída aos réus do PT pelos togados e promotores está entranhada na omissão grotesca da história de que se ressentem suas sentenças pretensiosamente técnicas, envelopadas em liturgia mistificadora.
A pouca ou nenhuma influência eleitoral desse engenhoso ardil que elegeu a ausência de provas como a principal prova condenatória diz o bastante sobre o alcance da hipocrisia vendida como marco zero da moralidade pública pelos vulgarizadores midiáticos.
Não é esse porém o acerto de contas com o qual terá que se enfrentar o PT.
Após uma década no governo federal, o partido, seus intelectuais, lideranças e aliados nos movimentos sociais tem um encontro marcado com uma indagação incontornável, que não é nova na história das lutas sociais: em que medida um partido progressista tem condições de se renovar depois da experiência do poder? Em que medida tem algo a dizer sobre o passo seguinte da história?
Leia a íntegra em: