segunda-feira, 17 de setembro de 2012

ATÉ A FOLHA DESMENTE A VEJA!


Advogado volta a negar entrevista de Marcos Valério a revista

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PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE
O advogado Marcelo Leonardo voltou a negar nesta segunda-feira (17) que o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, seu cliente, tenha concedido entrevista à revista "Veja".
Segundo reportagem da revista publicada no fim de semana, Valério disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva era o "chefe" do esquema do mensalão. "Veja" atribuiu as informações a "parentes, amigos e associados" do empresário mineiro.

No sábado (15), o advogado de Valério havia dito inicialmente que não confirmava nem desmentia as declarações do cliente. Mais tarde, afirmou que Valério negou o teor da reportagem. "Ele não deu entrevista e negou toda a matéria, inclusive as declarações", disse.
Leonardo afirmou ainda desconhecer a existência de fitas com revelações supostamente gravadas por Valério, ainda em 2005, e guardadas em cofres de bancos. As fitas seriam garantias para ele continuar vivendo, conforme publicado nesta segunda-feira (17) pelo colunista Ricardo Noblat, em "O Globo".
Disse o colunista que uma quarta fita teria sido enviada ao PT, para que tomassem ciência da existência e do conteúdo comprometedor das gravações.
ESPANCAMENTO
Leonardo confirmou que Valério foi espancado por presos durante o período em que ficou preso no presídio de Tremembé, em São Paulo, de outubro de 2008 a janeiro de 2009.
Valério foi preso na ocasião sob acusação de forjar um inquérito policial para prejudicar dois fiscais que haviam multado a cervejaria Petrópolis, para quem o empresário prestava consultoria. Também ficou preso em Tremembé o advogado Rogério Tolentino, sócio de Valério e também réu no mensalão.
Por causa desses espancamentos, Valério teria agora medo de voltar para a cadeia e morrer.
"Na época, ele fez até exames. Isso existiu sim", confirmou o advogado Leonardo sobre os espancamentos.
O advogado, porém, disse desconhecer os motivos e que precisaria conversar com o seu cliente, mas que "por motivos de segurança" prefere não fazê-lo.
A história do espancamento veio à tona em março de 2009. Na ocasião, Leonardo não confirmou nem desmentiu as informações sobre as agressões.
Na ocasião, o jornal "Hoje em Dia", de Belo Horizonte, publicou que Valério teve que recorrer a uma facção criminosa que atua em presídios de São Paulo para protegê-lo na prisão em Tremembé.
Por quatro vezes presos teriam invadido a cela de Valério em busca de informações sobre um suposto DVD com informações comprometedoras.

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