segunda-feira, 26 de agosto de 2013

NINGUÉM RECLAMOU DOS MÉDICOS CUBANOS QUE VIERAM EM 1997. POR QUE SERÁ?

Médico cubano não é novidade. O ataque é político, ao 

Governo


25 de agosto de 2013 | 09:29
José Serra e Aécio Neves andam bem quietinhos nesta polêmica dos médicos estrangeiros do “Mais Médicos”.
Aécio porque não é besta e não deu a mínima para a pesquisa fajutérrima que o Estadão publicou, dizendo que dois terços da população eram contrários à medida. Sabe que, se não é o inverso, é maior ainda o apoio público ao reforço médico.
Calou o bico, portanto.
Serra, que andou falando que isso era “um tiro no pé”, também recuou ao silêncio, porque ele tentou e fez o mesmo, quando Ministro da Saúde, em pequena escala.
Estado de Minas, hoje, registra isso de novo.
“Atualmente crítico do Mais Médicos, ao qual classificou como “tiro no pé, não um tiro de revólver e sim de canhão”, o ex-ministro da Saúde de FHC, que perdeu a eleição presidencial para Dilma Rousseff em 2010, firmou convênio em 16 de março de 2000 com a Organização Panamericana de Saúde (Opas). É a mesma entidade que intermedia a vinda de profissionais de saúde estrangeiros no governo petista.”
O Brasil tem médicos cubanos desde 1997, quando algumas dezenas deles vieram trabalhar no Tocantis. E o Conselho de Medicina, igualmente, reagiu. Conseguiu até uma decisão judicial proibindo-os, depois revertida. Com prejuízos, pois muitos haviam ido embora.
Essa proibição provocou protestos do tucanato, como o do senador Eduardo Campos, que diz lá, na página do Senado, que a demissão dos cubanos causou sérios prejuìzos à população.
A histeria na mídia só tem um motivo: política eleitoral, nada mais.
Incomoda-os o fato – raro até, registre-se – de o governo Dilma ter deixado de lado a pauta da mídia e feito o que foi eleito para fazer: governar decididamente pelos pobres.
Porque, se vocês pensarem um pouco, verão que a tática é meter o Governo num brete, exigindo-lhe o que, no governo, nunca deram ao país: eficiência, combate à corrupção, fim dos privilégios políticos, etc…
O resto é nacionalismo arcaico e populismo demagógico.
Pois é isso mesmo o que precisamos: que defendam este país e seu povo.
Um erro para cá ou para lá – sem prejuízo de ser corrigido e seu responsável punido – nunca é pior do que a paralisia da caminhada ou que a perda do seu rumo.
Não são quatro mil médicos cubanos que vão resolver os problemas de Saúde do Brasil. Nem os 10 mil profissionais dos “Mais Médicos”, embora eles possam representar muito, muitíssimo, para os brasileiros que por eles vão ser tratados, como é seu direito essencial.
O que vai resolver este e outros problemas do Brasil é seu Governo apontar à Nação os direitos e o potencial que têm e sinalizar que vai nos conduzir para lá.
Porque Governo que não levanta e empunha corajosamente suas bandeiras, não pode esperar que o sigam.
É preciso entender que só o que pode calar a mentira é a verdade. E dita alto e corajosamente.
Temer a polêmica é compreensível para os tucanos, para o conservadorismo, porque é na sombra que vicejam.
Para nós, a polêmica é o “fiat lux”, e a face da esperança é solar.
PS. No tucanato, só quem fala no tema é a inefável Eliane Cantanhêde, convertida em advogada trabalhista dos cubanos, com a dose natural de racismo contida no título de Avião Negreiro de sua coluna. Mas a ela, os próprios médicos cubanos já responderam.

Por: Fernando Brito

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