sábado, 31 de agosto de 2013

NO HOTEL ONDE NASCEU (?) A GLOBALIZAÇÃO


Eu já havia me hospedado no Hotel Bieldeberg, em Oosterbeek, no sul da Holanda, onde passamos o Natal de 2012. Agora, para facilitar nossas visitas ao Hospital de Arnhem, onde uma familiar se encontra, voltamos para cá por alguns dias. É um hotel muito agradável, cercado de bosques com trilhas para caminhadas e ciclismo, com várias cidades interessantes em torno.


Mas o que marcou a história deste hotel e tornou seu nome conhecido internacionalmente foi o fato de aqui ter nascido um "grupo" informal que reúne-se anualmente para decidir o que muitos consideram ser a criação de um "governo global". Nos dis 29 e 30 de maio de 1954, aqui aconteceu a primeira reunião do até hoje chamado "Clube Bieldeberg".
O conselheiro político polonês Józef Retinger teve a idéia de combater o antiamericanismo que começava a tomar conta da Europa uma década depois do final da Guerra. Procurou, e obteve, o apoio do Príncipe Bernard, da Holanda, e do primeiro-ministro da Bélgica, Paul Van Zeeland. A primeira reunião aconteceu nos dias 29 e 30 de maio de 1954, com cerca de 120 convidados entre as elites dos dois continentes.


Desde então, o Clube realiza encontros anuais, sempre na Europa ou nos EUA. A lista de participantes deixou de ser secreta, mas os temas tratados continuam totalmente sigilosos, o que dá origem a muitas teorias conspiratórias. Não são registradas atas dos debates, e os presentes assumem compromisso solene de nada dizerem a respeito, muito menos à mídia. 


O objetivo inicial do Clube Bilderberg era "estabelecer uma linha comum Europa-EUA" nos campos da Política e da Economia. Nos últimos anos, a China também tem tido representantes, mas os convites têm que ser aprovados pela direção e não podem exceder 130 pessoas a cada ano. Entre os participantes mais assíduos estão Donald Rumsfeld, secretário da Defesa de George Bush; Peter Sutherland, ex-presidente do banco Goldman Sachs e da British Petroleum; Paul Wolfowitz, ex-secretário da defesa e presidente do Banco Mundial.


Devido ao sigilo que reveste as reuniões do Clube de Bilderberg, e a importância de seus membros na política, empresariado, academia e mídia universais, todos os anos se repetem protestos nos locais dos encontros, sempre descobertos e as vezes previamente divulgados. O Clube tem um escritório permanente em Leiden, aqui na Holanda.



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