quinta-feira, 29 de agosto de 2013

VOCÊ PODE VOTAR EM AUDÁLIO DANTAS PARA O TROFÉU JUCA PATO


AUDÁLIO DANTAS SERÁ ELEITO "INTELECTUAL DO ANO", PELA UBE

Antonio Barbosa Filho

Audálio Dantas e o deputado Protógenes Queiróz no lançamento de meu livro "A Imprensa x Lula".


Num jantar em São Paulo, Audálio, sua mulher Vanira Kunc, Marianne Lemmen e eu. 

Na Feira de Pinheiros, Audálio Dantas (o segundo da esq. para a direita; José Hamilton Ribeiro (Globo Rural), sua mulher Odete e eu.

O jornalista Audálio Dantas é o único concorrente ao prêmio "Intelectual do Ano - Troféu Juca Pato", conferido há 51 anos pela União Brasileira de Escritores. A entrega da honraria deverá ocorrer em setembro, durante o Congresso Internacional de Escritores que acontecerá no Memorial da América Latina, em São Paulo.
Um dos mais respeitados jornalistas brasileiros em atividade, Audálio começou sua carreira na Folha de S. Paulo, tendo passado pelas revistas O Cruzeiro, Realidade e 4 Rodas, entre outras. Tornou-se conhecido na década de 60, quando descobriu durante uma reportagem numa favela da capital paulista a moradora Carolina Maria de Jesus, que escrevia diários em cadernos que recolhia no lixo. Editados pelo repórter, os diários ganharam forma do livro, "Quarto de Despejo", que foi o maior sucesso editoral daqueles anos, traduzido em 13 idiomas e com mais de um milhão de exemplares vendidos.
Em 1975, Audálio era o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo quando uma onda de sequestros perpetrados pelo DOI-Codi do então II Exército culminou com o assassinato do jornalista Vlado Herzog. Ao lado do arcebispo Dom Paulo Evaristo Arns, do rabino Henri Sobel e do pastor James Wright, o sindicalista organizou o Ato Ecumênico pela morte de Herzog, na Catedral da Sé, que tornou-se um marco na luta pela redemocratização do país.
Eleito deputado federal pelo MDB, em 1978, Audálio foi considerado pela imprensa um dos dez parlamentares mais influentes da Câmara, e o mais atuante da bancada paulista. Em 1981, recebeu nas Nações Unidas, em Nova Iorque, o prêmio David Kenneth Kaunda de Direitos Humanos, que dividiu com o ex-presidente Jimmy Carter e a atriz sueca Liv Ülmman.
No ano passado, lançou seu décimo-primeiro livro, "As Duas Guerras de Vlado", aguardado depoimento de um dos principais protagonistas dos trágicos fatos de 1975. Nos últimos anos, Audálio dirige a revista "Negócios da Comunicação", percorre o país para lançamentos e palestras e coordena os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade dos Jornalistas, da qual é presidente.
Sobre sua indicação ao Juca Pato, feita inicialmente por 50 associados da UBE e depois por muitas adesões espontâneas, Audálio declarou: "Sem falsa modéstia, devo dizer que não me julgo merecedor desta distinção. Afinal, trata-se de uma honraria já atribuída a alguns dos mais importantes intelectuais brasileiros, um prêmio de alto prestígio cultural". Os últimos agraciados com o troféu foram Tatiana Belinky (2012), Aziz Ab'Saber, Lygia Fagundes Telles, e Antonio Candido.
Para votar em Audálio não é preciso ser sócio da UBE, bastando enviar uma declaração de apoio para secretaria@ube.org.br.

(texto de Antonio Barbosa Filho, publicado também no Observatória da Imprensa)

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