quinta-feira, 19 de setembro de 2013

CELSO DE MELLO EXPULSOU MERDAL PEREIRA DO SUPREMO!

O brilhante jornalista Fernando Brito, que publicou inteligentes análises sobre a análise dos embargos infringentes pelo Supremo Tribunal Federal, no blog Tijolaço, mostra hoje como o ministro Celso de Mello enterrou a soberba de Merval Pereira, porta-voz dos seus patrões na Rede Globo de TV. "Merdal" vinha, há meses, ensinando os ministros como deveriam votar - logicamente pela pena máxima possível a todos os acusados no processo do tal "mensalão". A Globo foi uma das criadoras deste escândalo, transformando a prática de "caixa-2" pelo PT (infelizmente comum a todos os partidos brasileiros), no "maior escândalo da História". Aos réus deveria ser aplicada a prisão, e imediata, sem qualquer direito a recursos ou tentativas de defesa. Só que a lei diz o contrário, como o mestre Celso de Mello ensinou a seus colegas, que sequer ousaram apartear sua aula magna do dia 18 de setembro. Leiam o belo texto de Fernando Brito:

mervalvinho

Merval perdeu o vinho, a pose e o poder indevido

18 de setembro de 2013 | 18:52
O Ministro Celso de Mello prestou hoje um grande serviço, não apenas ao Direito, à ordem democrática e às garantias individuais.
O fez, também, ao jornalismo.
“Nunca antes na história deste país” viu-se uma vivandeira de tribunal como se tornou o colunista Merval Pereira.
Com toda a sua arrogância, apostava a toda hora em tudo o que pudesse representar uma inapelável conclusão do julgamento.
Prestou-se à cena insólita de, nos seus comentários na Rádio CBN, apostar até um garrafa de vinho de primeira sobre se os acusados sairiam do julgamento para a cadeia.
Passou dois meses afirmando a revogação da lei, especulando sobre uma “reflexão” do ministro Celso de Mello que o faria mudar de posição, sobre Luis Roberto Barroso silenciar, sobre a tendência de Teori Zavascki de votar contra, idem sobre Rosa Weber e Carmen Lúcia.
Deitou doutrina, analisou leis, afirmou umas e “revogou” outras, falou nas multidões no 7 de setembro exigindo “cadeia já”.
Celso de Mello, em seu voto, massacrou todas as teses sustentadas pelo acadêmico Merval e demonstrou que findaram os tempos em que a vontade manifestada pela mídia se impunha sobre qualquer razão.
Colocou-o no seu devido lugar.
O jornalista pode e deve acompanhar e opinar sobre o funcionamento e as decisões das instituições judiciais, mas não pode e não deve pretender induzi-las, muito menos alegando “clamores da multidão”.
Não somos pregoeiros da impunidade, e não devemos ser incitadores de linchamentos.
O Supremo Tribunal Federal não é mais a coluna de Merval Pereira.
E, portanto, não está vergada, como a dele, aos poderosos da mídia.
Por: Fernando Brito

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