sexta-feira, 20 de setembro de 2013

EUA ROMPEM NORMAS DIPLOMÁTICAS INTERNACIONAIS

O governo dos Estados Unidos provoca atritos com países da América Latina, aos quais estava acostumado a dominar política e economicamente através de ditaduras e governos subornados. Como o continente mudou no sentido de sua maior soberania e é a única região do mundo que vive crescimento econômico com distribuição de renda - justamente por não atender aos interesses estadunidenses - o antigo império viola leis e costumes diplomáticos mundiais para hostilizar líderes políticos como os presidentes Nicolás Maduro, Evo Morales e Dilma Roussef. 

Após veto a voo de Maduro, Morales sugere boicote à Assembleia Geral da ONU

Ele também anunciou que irá apresentar queixa para que os EUA e Obama sejam julgados por delitos contra a humanidade

Pouco depois da denúncia do governo venezuelano de que os Estados Unidos teriam proibido a passagem do avião de Nicolás Maduro pelo território de Porto Rico, o presidente Evo Morales afirmou que pedirá aos governos da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América), da América Latina e de outros continentes para que não participem da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), que será realizada em Nova York entre 23 e 27 de setembro.



Ele também anunciou que irá apresentar uma queixa em instâncias internacionais para que os EUA e o presidente Barack Obama sejam julgados por delitos contra a humanidade. “Se é com o Maduro é com todos, que o governo dos EUA saiba. Se se mete com o Maduro, se mete com todos os povos da América Latina”, disse o chefe de Estado boliviano em coletiva de imprensa de uma base aérea de Santa Cruz, afirmando que há quatro anos pediu a retirada da sede da ONU dos EUA. “Nós, presidentes anti-capitalistas e anti-imperialistas, não sentimos segurança em território norte-americano", afirmou.

Morales também anunciou que pedirá a convocação de uma reunião de emergência dos presidentes da Celac (Comunidade dos Estados Latino-americanos e do Caribe) para considerar a retirada imediata dos embaixadores dos países do bloco de Washington. “O que o governo dos EUA faz demonstra novamente uma soberba diante do povo latino-americano e o Caribe e aos povos de todo o mundo”, argumentou.



“Não se pode permitir que os EUA sigam com políticas de amedrontamento e proibição de voos presidenciais”, continuou ele. O próprio Morales foi vítima de proibições de sobrevoo no espaço aéreo de países europeus, no início de julho, devido a suspeitas de que Edward Snowden, ex-técnico da CIA e da NSA (Agência de Segurança Nacional) buscado pelos EUA por revelar documentos secretos, estaria na aeronave.

Segundo o presidente boliviano, ao impedir a passagem do avião de Maduro por Porto Rico, rota de sua viagem à China, Washington viola quatro convenções internacionais: a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Pacto de Direitos Civis e Políticos, a Convenção sobre Missões Especiais ou Diplomáticas e a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas.

“Vamos preparar um processo internacional para que [o presidente dos EUA, Barack] Obama e seu governo sejam julgados por delitos contra a humanidade. Será o melhor instrumento para defender o direito dos Estados”, anunciou, expressando que segundo a Convenção de Viena, nenhum país pode proibir a passagem de um avião oficial.

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