domingo, 22 de setembro de 2013

NUNCA O ESTADO FOI TÃO FORTE. NOS ESTADOS UNIDOS!

Um dos maiores fatores de desinformação dos que consomem os jornais, revistas e análises de TV, especialmente nos Temas da Economia e da Política, é a parcialidade dos "especialistas" de plantão na mídia antiga. São sempre os mesmos, e com os mesmos pontos-de-vista, todos dos tempos do neoliberalismo (aqui na Europa, há uns três ou quatro anos as Universidades trabalham sobre o "pós-capitalismo", ou seja, o sistema que predominará depois que esta imensa transferência de riqueza para poucas mãos for brecada de alguma maneira. Todos sabem que esse processo de concentração da riqueza nas mãos dos bancos, que sugam todo dinheiro disponível nas mãos dos trabalhadores e classes médias, através de governos tutelados, está se esgotando. Pode terminar em violência, ou pela eleição de políticos populistas de esquerda ou direita, enfim, os caminhos possíveis são muitos, mas o fim desta fase histórica já é visível no horizonte. 

No texto abaixo, o ex-ministro José Dirceu toca num outro ponto fundamental: enquanto os economistas, políticos e seus serviçais da mídia ainda combatem o "Estado", nos principais países ocorre um fortalecimento inédito da presença estatal, até para servir ao capital financeiro sem fronteiras nem limites. E o maior exemplo são os próprios Estados Unidos, a pátria espiritual desses defensores do Capitalismo sem razão: 

Derrotados pelos fatos ainda pregam volta ao passado na economia


Na Folha de S.Paulo de hoje, mais um que volta do passado: Geraldo Langoni, ex-presidente do Banco Central (1980-1983). Outro dia mesmo foi Affonso Celso Pastore. E assim os jornalões continuam sua pregação pessimista dia sim outro também.
Langoni diz que estamos no caminho errado, que precisamos de juros altos para atrair capitais, que o mercado venceu, que erramos ao crer numa nova ordem econômica.
Só que o problema é que ele apostava no fim dos estímulos monetários do FED (Federal Reserve), o que não aconteceu. Não só apostava como também pedia que isso acontecesse. Já dava como certo. É mais um derrotado pelos fatos.
Mas ele não está sozinho. Na mesma página, o colunista Vinicius Torres Freire anuncia o fim do mundo, diz que o Brasil perdeu o tempo que ganhou com a decisão do FED. É um visionário… Como se vê, são muitos os descontentes com o FED. Queriam porque queriam – e era o mesmo desejo da oposição – o fim dos estímulos.
Estamos preparados
O fato é que, embora a decisão do FED seja uma boa nova para o Brasil, o nosso país já estava preparado para a retirada gradual dos estímulos monetário – um nome bonito para a intervenção brutal do Estado na economia norte-americana. São US$ 2,7 trilhões que foram simplesmente derramados na economia e transformados em dívida pública.
Como vemos, o discurso do tucanato e suas Garças não passa de palavrório e retórica. A realidade no mundo é outra. O Estado na economia, via política monetária e cambial. Tudo pelo crescimento e pelo emprego, pelas exportações. É o caso dos Estados Unidos.

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