quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O MUSEU REAL DE AMSTERDÃ DEPOIS DA REFORMA

Aberto ao público em 1885, o Rijksmuseum (Museu Real) da Holanda) esteve quase completamente fechado nos últinos cinco anos, para uma reforma geral no enorme edifício localizado próximo ao Museu Van Gogh e ao Stedelijk, de artes visuais, todos em torno da Museumplein (Praça dos Museus).
A coleção real começou a ser formada em 1715, e esteve alojada em diversos prédios, como o Palácio de Dam, na principal praça da cidade. Em 1876, um projeto foi encomendado ao arquiteto Pierre Cuypers, e resultou, anos depois, no imenso edifício que tem características peculiares. Como ficava no limite da então cidade com a zona rural e o interior, foi feita uma passagem sob o edifício, que um jornalista norte-americano qualificou como "a mais bela ciclovia do mundo".


"A mais bela ciclovia do mundo", sob o edifício do Museu.


Há duas grandes alas, em estilo Gótico e Renascença, em referência aos períodos de apogeu das artes na Holanda. Além dos materiais tradicionais, o arquiteto utilizou outros modernos para a época, como vidro e aço. A construção levou oito anos.

Hall de entrada, com a cafeteria e a loja de lembranças e catálogos.

São 80 salas, duas cafeterias, biblioteca (300 mil volumes!), uma ampla loja de souvenirs, imensos sanitários. Depois da reforma, a coleção está disposta de forma cronológica, misturando obras de arte com objetos antigos, prataria, mobília, etc. O visitante pode ver as obras de arte e entender melhor como sevivia na época em que foram feitas. Assim, no piso pode-se ver o período 1100-1600; no primeiro andar, os séculos 18 e 19; no segundo, a Galeria de Honra mostra o período mais rico da Cultura holandesa, então um império com presença em todos os continentes, e onde a peça mais valiosa é a "Ronda Noturna", de Rembrandt; e no terceiro pavimento temos o século 20 e começo do 21.
Galeria de Honra, onde está a visitadíssima "Ronda Noturna", de Rembrandt.
 Imenso vitral entre as alas.

Ligação entre as alas e a Galeria de Honra.


São muitas as obras-primas exibidas, mas o que mais me encanta são sempre os pintores Rembrandt, Frans Hals, Vermeer, Van Steen, Van Gogh, Mondrian, todos holandeses. Há poucos estrangeiros, mas Corot, Monet, vários ingleses, alemães, belgas, também estão incluídos. Uma sala mostra telas de Frans Post, com paisagens do Brasil, e Albert Eckhout, com frutas brasileiras, ambos membros da missão liderada por Maurício de Nassau no Nordeste (veja post específico em: http://abarbosafilho.blogspot.nl/2013/11/uma-sala-de-brasil-no-maior-museu-da.html).
Mais fotos do Museu:
Eu, Beatriz Luiz e Marianne Lemmen, e a fachada principal (em outubro 2013).

 Auto-retrato de Rembrandt aos 22 anos. Aqui ele cria o estilo de manter meio rosto na sombra, não-usual até então. Usou o cabo do pincel para traçar os fios de cabelo.

 Eu entre dois famosíssimos Vermeer, o pintor de Delft que deixou apenas 35 telas, considerado "O Mestre da Luz".

"A leiteira", de Vermeer. O quadro transmite tanta paz que, diz a lenda, se você prestar atenção ouvirá o leite sendo derramado...rsrsrs

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