quarta-feira, 18 de junho de 2014

FOLHA FAZ EDITORIAL TUCANO, MAS COLUNISTA COBRA DEFINIÇÕES DE AÉCIO

Uma no cravo, outra na ferradura. Um editorial 

e um artigo que vocês precisam ler

O editorial é o principal da Folha de S.Paulo hoje, publicado com o título “PSDB conciliado”. 
O jornalão tenta despistar, mas é uma das peças de mais deslavado apoio aos tucanos já 
escritas na mídia brasileira. Na tentativa de escamotear o apoio dá até a impressão de que
 o tom é crítico, chega a falar em “discurso frágil” do partido dos tucanos diante da conjuntura.
Mas é disfarce mesmo. O texto é praticamente uma carta aos tucanos, coisa entre amigos.
 Vejam este trecho: “A conjuntura econômica presente auxilia o PSDB a recuperar seu eixo. 
Mais do que o elogio à privatização dos anos 1990, os tucanos podem agora mencionar o
 constante empenho de FHC no combate à inflação – que contrasta com as tentações 
populistas do governo Dilma Rousseff (PT).”
No prosseguimento no editorial, tem outra parte de apoio mais escancarada: “Em outro 
ponto, além do das críticas à alta dos preços, a candidatura Aécio deu mostras de ir 
encontrando um discurso mais definido. Tem sido constante, nas declarações do mineiro, 
a afirmação de que Fernando Henrique enfrentou, por parte do PT, uma oposição mais 
sectária e sistemática do que a apresentada por seu próprio partido nos tempos de fastígio 
lulista.”
O golpismo e a conspiração das elites
Para destacar depois, com nova – e leve – tentativa de despiste: “A avaliação dos 
tucanos pode ser vista com reservas. Corrobora, porém, a imagem do sectarismo e da
 intolerância que –não tanto no governo, mas na militância petista– rotulam como 
“golpismo” e “conspiração de elites” quaisquer críticas que se dirijam a esquemas e 
projetos do partido no poder.”
É isso aí, é a Folha a favor dos tucanos desde já – e a campanha eleitoral ainda nem 
começou -  e contra o PT sempre, em sua eterna cruzada contra o partido. Mas, 
querem saber? Melhor assim. É assim que fazem os grandes jornalões nos países
 democráticos no mundo. Como nos Estados Unidos. A diferença é que fazem 
abertamente. escancaradamente. Nas campanhas eleitorais até avisam seus leitores 
quem são seus candidatos, quais apoiam. Quem sabe, a Folha chega lá…Hoje ela 
já está apoiando os tucanos. Ainda de forma disfarçada. Como se a gente não soubesse…
O artigo que nós gostaríamos que vocês lessem é do colunista Ricardo Melo, 
publicado também na Folha, sob o título “Os esqueletos de Aécio”. É sobre o
 candidato do tucanato este ano ao Planalto, senador Aécio Neves (PSDB-MG). 
Abaixo transcrevemos o 1º parágrafo-abre do texto do Ricardo.
Ninguém é obrigado a ser candidato; mas quem é, deve explicações
“Ninguém é obrigado a ser candidato a presidente. Mas quem abraça a causa deve 
saber que sua vida está sujeita a ser esquadrinhada – Mirian Cordeiro que o diga. 
O tucano Aécio Neves, agora candidato oficial do PSDB, parece incomodado nesta 
missão. Ainda pré-candidato, Aécio começou mal. Decidiu fugir de perguntas
 incômodas, atacar as críticas como obra de um submundo e acionar a Justiça 
para tentar limpar uma biografia no mínimo controvertida. Nada a favor dos facínoras
 que inventam mentiras em redes sociais para desqualificar adversários. Mas daí 
a ignorar questionamentos vai uma distância enorme.”
Recomendamos a leitura sem nenhum julgamento, sem nenhum juízo de valor. 
Como o colunista também não faz. Ele só escreve e publica. Nós só pedimos 
que vocês leiam. Ele recomenda, aconselha, cobra do candidato que não fuja 
tanto de explicações. Nós, da equipe do blog de Zé Dirceu, também. Leiam aquihttp://www1.folha.uol.com.br/colunas/ricardomelo/2014/06/1470970-os-
Nem precisaríamos colocar o editorial da Folha, que como dissemos, é pró-
tucanos (e eles já tem muita mídia, né, muito espaço na imprensa…) e 
antipetista, portanto, contra o ex-ministro José Dirceu, mas para sermos 
democráticos e para mais informações para vocês, postamos também o 
- Ninguém é obrigado a ser candidato a presidente. Mas quem abraça a 
causa deve saber que sua vida está sujeita a ser esquadrinhada –Mirian 
Cordeiro que o diga. O tucano Aécio
Neves, agora candidato oficial do PSDB, parece incomodado nesta missão.
Ainda pré-candidato, Aécio começou mal. Decidiu fugir de perguntas 
incômodas, atacar as críticas como obra de um submundo e acionar a 
Justiça para tentar limpar uma biografia no
mínimo controvertida. Nada a favor dos facínoras que inventam mentiras em 
redes sociais para desqualificar adversários. Mas daí a ignorar 
questionamentos vai uma distância
enorme.
A repórter Malu Delgado, da revista “piauí”, prestou um belo serviço ao escrever 
um perfil do tucano. Lá estão prós e contras, alinhados com sobriedade e 
rigor jornalístico.
Cada um que chegue às suas conclusões. Por enquanto, elas soam 
desfavoráveis ao candidato.
Deixe-se de lado qualquer falso moralismo. É direito do eleitor sabatinar quem 
se propõe a dirigir o país. A fronteira entre o público e o privado se esmaece, 
sem que isso
signifique a condenação a priori de qualquer um.
Vídeos na internet mostram práticas nada republicanas, como gostam de falar, 
por parte do então governador de Minas Gerais. Entre outras façanhas em 
bares e blitze, montou uma
tropa de choque midiática para sufocar críticas.
Tanto fez que a guilhotina tucana decapitou sem piedade inúmeros jornalistas 
em Minas Gerais. Os testemunhos estão à disposição, basta querer ver e ouvir.
Sombras permanecem. A questão das drogas é uma delas, e cabe ao candidato 
refutá-las ou não; ao eleitor, mensurar a sinceridade dos depoimentos e até que 
ponto o tema interfere
na avaliação do postulante. Aécio tem se embaralhado frequentemente no 
assunto. Adotou como refúgio a acusação de que tudo não passa de calúnias. 
Ao vivo, acusou jornalistas
reconhecidamente sérios de dar vazão a rumores eletrônicos. Convenceu? 
Algo a conferir.
Na reportagem citada, destaca-se um mistério. Uma verba de R$ 4,3 bilhões, 
supostamente destinada à saúde, sumiu dos registros oficiais do Estado. 
Apesar de contabilizada na
propaganda, a quantia inexiste nos livros de quem teria investido o dinheiro.
O caso foi a arquivo sem ter o mérito da questão examinado. A promotora 
autora da denúncia insiste na ação de improbidade. Na falta de 
esclarecimentos dos acusados, aguarda-se o
veredicto da Justiça.
Esqueletos à parte, na convenção de sábado (14) Aécio teve a chance de 
ao menos apresentar um programa que justificasse a candidatura. Perda 
de tempo. O evento faria corar a banda de música da finada UDN. Discursos 
mirabolantes se esforçaram para preencher o vazio de alternativas.
Ouviram-se insistentemente anátemas contra a corrupção. Ninguém se 
referiu, contudo, às peripécias do mensalão mineiro e às manobras, também 
nada republicanas, do correligionário Eduardo Azeredo para escapar de uma 
condenação.
O distinto público continua sem saber se o salário mínimo vai mudar, se a 
aposentadoria fica como está, se haverá um tarifaço e quais medidas um 
governo tucano propõe para
melhorar o bem-estar do povo. Ministérios serão cortados, esbraveja o senador. 
Mas quais? A reeleição, comprada a peso de ouro pelo seu partido na gestão 
FHC, vai mesmo acabar?
A respeito disso tudo, o que ressoa é o eco das tais “medidas impopulares”.
Em lugar de propostas, metáforas mal construídas que começam com brisa, 
crescem para ventania e acabam em tsunami. Talvez porque Minas não 
tenha acesso ao mar.
Se quiser seguir em frente, Aécio Neves está muito a dever. Saiu da zona 
de conforto mineira, em que a imprensa é garroteada impiedosamente para
 abafar desmandos de gestão. O
jogo mudou, e o neto de Tancredo deve providenciar urgentemente garrafas 
para vender.
Não adianta apostar apenas no erro do adversário. Amante de relógios caros, 
muitos deles capazes de quitar com seu valor dezenas e dezenas de 
prestações de aspirantes a uma casa
própria, o tucano já deveria ter aprendido que quem sabe faz a hora, não espera 
acontecer.
http://www.zedirceu.com.br/uma-no-cravo-outra-na-ferradura-um-editorial-e-um-
artigo-que-voces-precisam-ler/
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