segunda-feira, 25 de agosto de 2014

MARINA E AÉCIO VIVEM O VERDADEIRO "CAOS AÉREO"...

Avião e aeroporto geram “caos aéreo” a Marina e Aécio

Não deixa de ser irônico que se possa usar uma metáfora “aérea” para descrever o enrosco em que os dois principais candidatos de oposição a presidente da República se meteram. Um enrosco que pode lhes custar a derrota para Dilma Rousseff.
A ironia, por óbvio, reside em que o setor aeroportuário foi, durante anos, um dos principais cavalos-de-batalha da oposição a Lula e a Dilma. Devido à forte inclusão social nos governos petistas, a “nova classe média” chegou a aeroportos pensados exclusivamente para a elite e causou superlotação que a mídia apelidou de “caos aéreo”.
A Copa do Mundo de 2014 resolveu o problema. Hoje, o país tem aeroportos capazes de atender a uma demanda vitaminada pela distribuição de renda da era petista, ainda que a elite e a mídia se recusem a reconhecer os méritos da nova malha aeroportuária.
Ironicamente, porém, Aécio Neves e Marina Silva podem ser derrotados, respectivamente, por um aeroporto e um avião. Está ficando claro ao país que o moralismo com que esses dois atacam os governos petistas dos últimos 12 anos não passa da mais deslavada hipocrisia.
A candidatura de Aécio Neves foi praticamente inviabilizada por um fato que ele achou que passaria batido: ter usado dinheiro público para construir um aeroporto dentro de fazenda de sua família que ele frequenta o tempo todo.
Aécio tentou fazer o país de trouxa ao negar o que só cego não enxerga: o seu escandalosamente evidente interesse pessoal na execução da obra milionária.
Mídia e aliados de Aécio disseram que as pesquisas não registraram prejuízo eleitoral para ele por conta desse episódio, mas a rápida desintegração de sua candidatura que pesquisas internas dos partidos (inclusive do PSDB) vêm revelando, comprova esse prejuízo.
Aécio pode até não ter perdido votos – a crer nas pesquisas e, sobretudo, em suas “margens de erro” –, mas parou de ganhar. Estancou. Por conta disso, foi o principal prejudicado pela morte de Eduardo Campos.
O fato é que, à exceção da direita mais radical, todos estão vendo o pretenso novo “príncipe da República” se esboroar contra o solo.
Eis que surge Marina, herdeira política da “santificação” instantânea que a morte concede no Brasil. Contudo, passados alguns dias a justificada gritaria dos que perderam seus imóveis com a queda do avião de Campos começa a fazer as pessoas acordarem.
Chega a ser estupefaciente que, passados mais de dez dias, não se tenha chegado ao dono de um avião que o político morto usava de modo tão intenso. O jogo de empurra vai deixando claros os interesses obscuros que financiavam Campos e que continuarão financiando Marina.
As suspeitas de ilegalidade no uso da aeronave ainda não chegaram ao eleitorado, mas já estão sob escrutínio da Polícia Federal e da Justiça Eleitoral. A cada dia se entende cada vez menos a origem daquele avião e que tipo de acordos o colocaram à disposição de Campos.
Mesmo que os adversários de Marina não tenham coragem de explorar o escândalo que vai nascendo – e, no que diz respeito ao PSDB, seus blogueiros e colunistas amestrados já exploram o caso –, a Justiça Eleitoral dificilmente vai se contentar com explicações vagas.

De quem é o avião que Campos usava como seu? Quem pagou? Quanto foi pago? Foi declarado à Justiça Eleitoral?
Marina, segundo já admite a mídia, pode ter a candidatura impugnada por esse caso.
Mesmo que a Justiça Eleitoral não tenha coragem de chegar a tanto, as obscuras contas de campanha do PSB já revelam que Marina não tem as diferenças que apregoa em relação a outros políticos.
Tanto Marina quanto Aécio são daqueles políticos que quanto mais forem conhecidos, pior para eles.
No caso de Marina, até mesmo o tal “mercado” já começa a perceber que um seu governo seria fraco por falta de base política sólida. Ela teria que bater às portas do PSDB e do PMDB ou deste e do PT.
Estadão, Época e Reinaldo Azevedo saíram na frente na pancadaria contra Marina. Ou seja, o PSDB saiu na frente contra Marina – até por ela prejudicar mais os tucanos, ao menos no momento.
O PT parece menos preocupado com Marina do que com o bombardeio da mídia.
No terceiro programa de Dilma no horário eleitoral, o PT alternou a estratégia de acusar a mídia com a estratégia que esta chama de “nós contra eles”, ou seja, mostrar como o povão passou a desfrutar do que antes era exclusividade da elite, como acesso a universidades, a casa própria, a aeroportos.
Lula, no horário eleitoral, é uma bomba atômica. Deve ser um dos políticos que menos perdeu com as manifestações de junho do ano passado, apesar de Dilma ter sido quem mais perdeu. O chamamento à reflexão que o ex-presidente tem feito dificilmente deixará de produzir efeitos eleitorais.
A vantagem de Dilma é a de que ela não precisa melhorar muito as suas intenções de voto. Se ganhar meia dúzia de pontos nas pesquisas pode até liquidar a fatura no primeiro turno. Já Marina e Aécio precisam de muito mais.
Ameaçados por um avião e um aeroporto, Mariana e Aécio podem ter perdido o voo que conduziria um deles à Presidência da República. Mais ironia do que isso, impossível.
http://www.blogdacidadania.com.br/2014/08/aviao-e-aeroporto-geram-caos-aereo-a-marina-e-aecio/

domingo, 24 de agosto de 2014

SAIBA QUEM PAGOU AS VAIAS À DILMA NA COPA; ELES NÃO PAGAM IMPOSTOS!!!

Fernando Brito: Multilaser pagou 

cartazes da vaia a Dilma

publicado em 21 de agosto de 2014 às 20:11
cartaz
 por Fernando Brito, do Tijolaço
“Éticos” da direita paulista pagaram cartazes anônimos para ter vaia a Dilma no Itaquerão
Depois de quase três meses em sigilo, ficamos sabendo, pelo Estadão, que 20 mil  
cartazes foram distribuídos à entrada do Itaquerão, na abertura da Copa, atacando 
e pedindo manifestações contra Dilma Rousseff.
O apelo era explícito: “Na hora do Hino Nacional abra este cartaz e mostre para todos 
que está na hora do Brasil  vencer de verdade”.
Foram pagos pela empresa Multilaser, pertencente a Alexandre Ostrowiecki e Renato 
Feder.
Dois yuppies que, imaginem só, mantêm um site em que avaliam a eficiência e a 
ética dos políticos.
É claro que  quase só entram ali os parlamentares de direita ou os que se dizem de 
esquerda mas, na prática, acompanham as políticas da direita.
Então foi assim que se preparou a “manifestação espontânea” de grosseria no jogo 
inaugural da Copa?
É assim que dois empresários que, inclusive, gozam de incentivos fiscais, gastam o 
dinheiro que a União deixa de recolher em impostos?
Porque quem pagou não foram eles, do bolso próprio, mas a empresa.
Com direito a abater nos impostos que ambos maldizem.
A empresa, aliás, não deve ter do que reclamar dos impostos, pois diz o Estadão 
que “segundo balanço de demonstrações financeiras da Multilaser publicado no 
Diário Oficial de 27 de março, o item “reserva de lucros” aumentou de R$ 51 milhões 
em 2012 para R$ 128 milhões em 2013″.
Um crescimento nada mau de 151% nos ganhos dos pobres coitados que 
dizem estão carregando o Estado brasileiro nas costas.
Mais cara de pau, só a da nossa imprensa, que  tinha um esquadrão de repórteres 
pronto para encontrar qualquer montinho de terra que ajudasse a dizer que a 
festa era um desastre, mas não foi capaz de ver a distribuição de milhares de 
cartazes que, é só olhar, não tinham nada de espontâneos.
***
Via e-mail, o leitor El Cid nos mandou as imagens (abaixo) do Diário Oficial da 
União com a aprovação de projeto da Multilaser. “Cospem no prato que comeram”, 
detonou.

Portaria Multilaser -003
Portaria Multilaser - 02 (2)
http://www.viomundo.com.br/denuncias/fernando-brito-multilaser-pagou-
cartazes-anonimos-para-ter-vaia-dilma-itaquerao.html

A MÍDIA QUE MATOU VARGAS É A MESMA DE HOJE

sábado, 23 de agosto de 2014

BRASILEIROS NÃO TEMEM O DESEMPREGO, COMO OCORRE NO RESTO DO MUNDO

Desemprego, maior preocupação na maioria dos países; no Brasil, não.

Nessa quarta-feira 20, a consultoria alemã GfK divulgou um estudo interessante, que a mídia brasileira fez questão de ignorar.
A GFK apurou que o desemprego lidera a lista das principais preocupações em um grupo de 17 países pesquisados. Do total de entrevistados, 30% se mostraram temerosos quanto à garantia de emprego, percentual que sobe a 74% na Espanha, e a 67% na França.
O estudo corrobora o argumento da presidenta Dilma sobre a opção de enfrentar a crise sem gerar desemprego.
Nos 11 anos de governos Lula e Dilma foram no Brasil criados 24,5 milhões de empregos.
Segundo dados do Dieese e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a taxa de desemprego atual é a menor da história do Brasil.
No início desta semana, o Datafolha identificou uma redução do pessimismo sobre o mercado de trabalho no Brasil, com uma queda importante, para 38%, do número de cidadãos que creem num desemprego maior por aqui.
Segue o texto publicado pela consultoria em seu site.
Nuremberg, 20 de agosto de 2014 — De acordo com um estudo global sobre os desafios das nações, realizada pela GfK Verein, o desemprego lidera a lista de preocupações com 30 por cento, seguido por preocupações com o serviço de saúde e da política de educação. Na parte inferior do top ten de desafios, estão  a corrupção, a pobreza e a política de tráfego. GfK Verein é uma organização sem fins lucrativos para a promoção da pesquisa de mercado.
No primeiro estudo em escala global, o desemprego é expressa como a principal preocupação de um terço das pessoas interrogadas. Em 11 de 17 países pesquisados​​, é no topo do ranking. A preocupação é mais proeminente na Espanha, citado por 74 por cento dos entrevistados, seguido de perto pela França, com 67 por cento. Na Itália, Polônia e Nigéria, pelo menos metade da população vê a necessidade de melhorar a situação do mercado de trabalho.
A preocupação com o serviço de saúde está em segundo lugar, com 17 por cento. Esta preocupação está em primeiro lugar no Brasil, segundo cerca de 55 por cento das pessoas, tornando-se o seu número um desafio. Polônia segue o exemplo com 24 por cento, seguida pela Nigéria (17 por cento) e Holanda (16 por cento). Por outro lado, na Turquia e África do Sul (ambos de 3 por cento), outros problemas são atualmente mais proeminentes.
A política de educação está em terceiro lugar com 13 por cento, uma preocupação que se destaca na Nigéria (35 por cento) e Brasil (32 por cento). No entanto, 24 por cento dos suecos também gostariam de melhorias em relação à política de educação. Ainda assim, completamente em mais da metade dos países pesquisados​​, menos de 10 por cento dos cidadãos estão preocupados com a educação; níveis de preocupação são os mais baixos na Polônia (3 por cento), Itália e Países Baixos (cada um com 4 por cento).
No estudo “Desafios das Nações”, o número médio de problemas discutidos pelos cidadãos de cada país varia. Com uma média de 3,6 respostas por pessoa, a maioria dos problemas são expressas pelos nigerianos. No Brasil, onde os cidadãos mencionar uma média de 2,4 temas, três temas são sequer mencionados por mais de 30 por cento dos inquiridos. Em todos os outros países, um alto nível de reconhecimento como está reservada para um máximo de um tópico. Os europeus mais críticos são os alemães e os franceses, que citam uma média de 2,6 e 2,5 problemas, respectivamente.
Os países com níveis abaixo da média de preocupação são a Suíça (1,7 desafios) e África do Sul (1,6), assim como a Turquia e os EUA, cada um com uma média de 1,5 respostas por pessoa. Suécia, tradicionalmente o país europeu com menor número de preocupações – e, agora, para os padrões globais, bem – mantém uma figura inalterada de apenas 1,2 tópicos.
Sobre o estudo 
Desde este ano, o âmbito dos estudo  “Desafios das nações”  compreende 17 países no mundo todo – incluindo seis novos países. Tal como em estudos anteriores, os participantes na Europa são a Alemanha, França, Itália, Espanha, Áustria, Polônia, Grã-Bretanha, Bélgica, Rússia, Holanda e Suécia. Turquia e Suíça estão incluídas pela primeira vez este ano. Além disso, o continente africano é representado pela primeira vez pela África do Sul e Nigéria, enquanto o Norte e América do Sul são representadas pelos EUA e Brasil. Um total de 19.767 pessoas foram entrevistadas como representantes de seus países. As respostas representam as preocupações sociais, econômicas e políticas de mais de um bilhão de pessoas. A fim de se obter um ponto de vista verdadeiramente global, os resultados de cada um dos países foram compilados – em forma ponderada – de acordo com a respectiva proporção da população.
http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/o-desemprego-e-principal-preocupacao-na-maioria-dos-paises.html

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

LULA DIZ O QUE VOCÊ JÁ SABIA: IMPRENSA VIROU PARTIDO DE OPOSIÇÃO

:

MARINA, ALGUNS EVANGÉLICOS E AS ELEIÇOES

A DOENÇA DA ESTUPIDEZ
PARECE NÃO TER CURA

Silvio Prado, professor

Em 2012, faltando poucos dias para a votação em que Ortiz Junior se elegeria prefeito de Taubaté, encontrei com dois pastores evangélicos bastante populares na cidade. Na esquina da Marcondes de Matos com a Carneiro de Souza, conversamos por uns quinze minutos. A dupla, declaradamente, apoiava o filhote de Bernardo. Um deles pastoreava, ou seja, tinha o controle de pelo menos oito igrejas evangélicas. O outro, nem tanto, mas tinha lá sua influencia no meio neopentecostal.

Durante a conversa, de repente o mais velho deles fechou os olhos, apertou o peito com a mão direita e disse, solenemente, que Deus tinha já preparado um futuro maravilhoso para Taubaté. Para esse fundamentalista evangélico o termo “futuro maravilhoso” significava o mesmo que Ortiz Junior. Enfim, Junior era o futuro. E o futuro de Taubaté, conforme alguém das alturas lhe disse, seria brilhante e maravilhoso.

O pastor evangélico não queria nem saber das muitas denúncias de corrupção envolvendo o nome do então candidato. Ele estava pouco se lixando para a edição histórica da revista Isto É, que escancarara tramas e mutretas que tornaram os cofres da FDE o principal financiador da riquíssima campanha do candidato tucano. Naquela esquina chinfrim da cidade Deus tinha lhe falado, mais uma vez, que ele fizera a escolha certa, mesmo que seu amigo pastor, além de votar também em Junior tenha cometido a heresia de negociar os votos de suas igrejas com uma candidata a vereadora pelo PT. Como se vê, o pastor mais novo, igualmente repleto de fé, mesmo assim se preveniu e pragmaticamente apostou suas fichas no outro lado da disputa.

Menos de um ano depois, encontrei o pastor que, na minha presença, tinha ouvido de Deus, numa esquina do centro da cidade a profecia de que Taubaté sob o comando de Ortiz Junior encontraria de vez o melhor que o futuro poderia oferecer. Nesse encontro, agora na Rodoviária Nova, o pastor se mostrava desiludido. Em resumo: tinha levado um belo pontapé no traseiro exatamente do prefeito que os céus lhe garantiram ser homem honesto e digno cumpridor de promessas. Pelo que falou, fazia já seis meses que as portas da prefeitura estavam fechadas para ele. Os belos projetos, tão receptivos pelo candidato no correr da campanha, se tornaram enviáveis. Durante a conversa, eu queria, mas achei melhor não perguntar: mas Deus, naquele dia, ali no centro da cidade, não tinha lhe falado que tudo seria diferente?

Ontem, fui abordado por outro evangélico, feliz da vida porque, segundo ele, agora ele tem em quem votar para presidente: Marina Silva. “Foi Deus quem colocou Marina nessa jogada”, disse, mesmo que para essa “intervenção divina” fosse preciso ocorrer uma tragédia como a que vitimou Eduardo Campos e mais sete pessoas, além de ferir outras que nada tinham com o candidato. Ele não quer nem saber do tamanho da dor ou do imenso pesar que tomou tanta gente. O evangélico apenas vê a mão de Deus sobre Marina, da mesma maneira que multidões de evangélicos e outros fundamentalistas cristãos enxergam o estado de Israel como criação divina e, a resistência palestina, como algo que se contrapõe à vontade e aos projetos de Deus para o Oriente Médio.

Com o sorriso engolindo as orelhas, ele foi falando coisas, descendo a lenha no PT. “Eu não posso votar na Dilma, uma mulher que construiu um porto em Cuba”, disse com dureza. Perguntei de onde ele tirou aquela informação. Ele não soube dizer. A pressa fez com que a conversa tivesse uma rápida duração e nenhum aprofundamento. Seguindo meu caminho, de repente me lembrei da conversa de 2012, dias antes da eleição municipal, com os dois pastores e não duvidei que, se a conversa de ontem continuasse, por certo eu poderia ver uma espécie de repetição da cena que narrei no começo do texto, agora encenada por outro personagem: o feliz evangélico fechando os olhos, apertando a mão direita contra o peito e, solenemente, dizendo:”o Senhor preparou Marina para salvar o Brasil do comunismo petista”.

Em outra circunstância, eu teria dado uma boa gargalhada. Não consegui, pois, de imediato, também me lembrei de outra conversa absurda, aquela que, na semana passada, tive com duas professoras aposentadas e sócias da APEOESP. Frequentadoras de grupos de oração em diferentes igrejas de Taubaté, uma delas disse que recebeu de um padre orientações para de jeito algum votar no PT. “O PT é comunista, a Dilma é guerrilheira, terrorista, aprovou o aborto e defende o casamento gay”, concluiu cheia de convicção.

Muita gente acha que eu, não seguindo religião alguma, não creio em Deus. Claro, creio! Para mim, Deus é capaz de coisas impossíveis, inimagináveis, indizíveis. Porém, diante de certos fatos, a dúvida surge e gera situações perturbadoras. Como todo bom ser humano enrodilhado em contradições, eu, apesar da fé, muitas vezes acabo questionando até o poder divino e saio fazendo perguntas quase sempre sem nenhuma inteligência como, por exemplo: será que Ele, Deus, tem poder para curar a burrice e a estupidez que tomam a cabeça de tanta gente?

(Dado que considero importante colocar aqui: não sou petista, mas filiado ao Psol e eleitor de seus candidatos. Porém, sou obrigado a reconhecer: o ataque burro que se faz contra a esquerda do Brasil, se hoje atinge direta e primeiramente o PT , amanhã, ainda com mais força, vai alcançar os partidos e grupos políticos que atuam mais à esquerda, por sinal mais fracos e menos organizados que o PT. Portanto...

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

EM TAUBATÉ, JORNALISTAS QUE DENUNCIARAM CORRUPÇÃO SÃO PROCESSADOS PELA PRÓPRIA JUÍZA

JUÍZA INSISTE EM PROCESSAR DOIS JORNALISTAS

Antonio Barbosa Filho

A juíza eleitoral de Taubaté, dra. Sueli Zeraik de Oliveira Armani pediu a instauração de processo criminal contra mim e o jornalista Irani Lima, por sentir-se ofendida pelas críticas que publicamos no Diário de Taubaté e no Blog do Irani. As críticas foram todas documentadas, e tratam de uma suposta troca de favores entre ela e o então réu José Bernardo Ortiz Monteiro Júnior, cujo de mandato de prefeito ela acabou cassando.
Jamais ofendemos a magistrada, pela qual sempre tive particular admiração. Apenas descobrimos que enquanto ela protelava, por razões certamente justificáveis, sua decisão sobre um processo prioritário (segundo as normas do Tribunal Superior Eleitoral) uma sua filha ganhava uma vaga extraordinária no curso de Medicina da Unitau, cujo reitor é nomeado pelo mesmo prefeito-réu.
Ora, isso irritou a vaidade da dra. Sueli Zeraik de Oliveira Armani,  jamais criticada como servidora pública que é, representante de um Poder elementar para nosso regime democrático. Pelas leis em vigor no Brasil, nenhuma autoridade está isenta, imune, a críticas. E a lentidão do Poder Judiciário é condenada diariamente por todas as entidades que representam os operadores do Direito, dos magistrados aos advogados, dos promotores-públicos aos funcionários.
Jornalista comete crime quando se omite, quando viola seu código de Ética, quando presencia crimes e não os denuncia pelo seu veículo de Comunicação. Por atuar com honestidade, dentro das normais legais, informando a seus leitores, nenhuma Jornalista ou cidadão jamais será condenado no Brasil democrático em que vivemos. Os humores de uma magistrada não calarão as vozes de jornalistas como Irani Gomes de Lima ou a minha. 
Sem medo de ameaças terríveis, iremos à audiência marcada para este dia 25 de agosto, para que se inicie o processo que definirá, ao final de nossas robustas defesas (uma de minhas testemunhas será o ministro Celso de Melo, do STF) se temos ou não liberdade de Expressão neste país no século 21. E sobre isso, todos os comunicadores do Brasil iremos discutir muito, dando à juíza censora uma notoriedade que da qual ela nem precisaria, brilhante como é.

VAMOS PARAR DE XINGAR E COMEÇAR A DISCUTIR POLÍTICA?

Por uma eleição mais politizada

Por Theófilo Rodrigues, no blogConexão Cultura e Política:

Marina riu no enterro. Dilma é muito sisuda. Aécio saiu bêbado de um bar em Copacabana. Marina é evangélica. Dilma é solteirona. Aécio não passa de um baladeiro…

Será que mais uma vez o debate político eleitoral estará reduzido às notícias dignas de revistas de fofocas? Será que estamos fadados a nunca termos de fato uma agenda de discussões da grande política, dos grandes projetos em disputa?

O processo eleitoral não é o único momento, mas é certamente aquele mais propício para o grande debate de ideias e de programas políticos para a sociedade. Em última instância, é o ápice periódico das formulações da esfera pública. Ou ao menos deveria ser…

Pouco importa as preferências pessoais, sexuais, futebolísticas ou religiosas dos candidatos. O que queremos saber é quais são os projetos de cada um, quais os conjuntos de forças políticas que sustentam tais projetos e quais serão as formas de implementá-los.

Qual será a política econômica de cada candidato? Pretende fazer privatizações ou aumentar o papel do Estado? Aumentará o desemprego ou irá reduzi-lo? Almeja manter as atuais taxas de juros ou baixa-las?

Qual será a política externa de cada candidato? Pretende focar nas relações de blocos, ou investir em contatos bilaterais? Manterá o diálogo com países do sul como prioridade, ou retornará com as parcerias com os países do norte?

Quais serão as políticas sociais? Investirá em políticas de universalização ou apenas nas focalizadas? Manterá o Bolsa Família ou acabará com ele? Respeitará as diretrizes do Plano Nacional de Educação ou as deixará de lado?

Qual será a política de comunicação? Investirá na Telebras pública ou priorizará as teles privadas no desenvolvimento da Banda Larga? Serão mantidos os “critérios técnicos” na distribuição das verbas oficiais de publicidade ou implementará uma política de redistribuição para a diversidade e pluralidade dos meios?

A participação social será considerada uma prioridade do governo? As Conferências nacionais de políticas públicas serão mantidas ou não receberão apoio do poder público? Os conselhos serão respeitados ou postos de lado?

Enfim, são muitas as perguntas que podem e que devem ser trazidas para o debate público.

Que revistas sensacionalistas e de fofocas apostem na despolitização, tudo bem. Ainda que lamentável, esse é o papel delas e não se espera nada de diferente. O que não dá para aceitar é que jornais, blogs e programas ditos jornalísticos também apostem nesse rebaixamento do processo eleitoral em detrimento do grande debate público dos projetos políticos em disputa. E essa responsabilidade não é apenas da mídia corporativa, mas também da mídia alternativa.

http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/08/por-uma-eleicao-mais-politizada.html?spref=fb

terça-feira, 19 de agosto de 2014

PERNAMBUCANO ESCREVE BELÍSSIMA CARTA A EDUARDO CAMPOS

CARTA A EDUARDO CAMPOS

Por Carlos Francisco da Silva, de Bezerros (PE)


Eduardo, você não imagina o quanto eu e todo povo pernambucano estamos lamentando a tua trágica e inesperada partida. Temos muitos motivos para isso. Primeiro, pela falta que irás fazer a tua família e aos teus amigos. Depois, pelo exemplo de homem público que representavas para o nosso estado e para o Brasil.

No entanto, eu tenho um motivo particular para lamentar a tua morte. Depois da tua entrevista no Jornal Nacional, eu fiquei com muita vontade de te encontrar, de apertar a tua mão, olhar no teu olho e te perguntar: Quem disse que eu desisti do Brasil, Eduardo? Infelizmente, no dia seguinte, ocorreu o trágico acidente e eu nunca vou poder te dizer isso.

Eduardo, não fui eu, nem o povo brasileiro que desistimos do Brasil.

Quem desistiu do Brasil foram setores da política e da mídia brasileira, quando promoveram o golpe militar de 1964 que mergulhou o nosso país em 21 anos de ditadura militar e que submeteu o povo brasileiro aos anos mais difíceis de nossa história. Inclusive, sua família foi vítima na carne daquele momento, quando o seu avô e então governador de Pernambuco, o inesquecível Miguel Arraes, foi retirado à força do Palácio do Campo das Princesas e levado ao exílio.

Eduardo, você não imagina o que essa mesma mídia está fazendo com a tragédia que marcou a queda do teu avião. Eu nunca pensei que um dia pudesse ver carrascos do jornalismo político brasileiro como Willian Bonner, Patrícia Poeta, Alexandre Garcia e Miriam Leitão falando tão bem de um homem público. Os mesmos que, um dia antes do acidente, quiseram associar a tua imagem ao nepotismo no Brasil choram agora a tua morte como se você fosse a última esperança do povo brasileiro ver um Brasil melhor. Reconheço as tuas qualidades, governador, mas não sou ingênuo para acreditar que sejam elas o motivo de tanta comoção no noticiário político brasileiro.

A pauta dos veículos de comunicação conservadores do Brasil sempre foi e vai continuar sendo a mesma: destruir o projeto político do partido dos trabalhadores que ameaça por fim às concessões feitas até então a eles. O teu acidente, Eduardo, é só mais uma circunstância explorada com esse fim, do mesmo jeito que foi o mensalão, os protestos de julho e a refinaria de Pasádena. Se amanhã surgir um escândalo “que dê mais ibope” e ameace a reeleição de Dilma, a mídia não hesitará em enterrar você de uma vez por todas. Por enquanto, eles vão disseminando as suposições de que foi Dilma quem sabotou o teu avião, e que fez isso no dia 13 justamente pra dizer que quem manda é o PT. Pior do que isso é que tem gente que acredita e multiplica mentiras e ódio nas redes sociais.

Lamentável! A Rede Globo e a Veja não estão nem aí para a dor da família, dos amigos e dos que, assim como eu, acreditavam que você não desistiria do Brasil. Você é objeto midiático do momento.

Eduardo, não fui eu quem desistiu do Brasil. Quem desistiu foi o PSDB, que após o regime militar teve a oportunidade de construir um novo projeto de nação soberana e, no entanto, preferiu entregar o Brasil ao FMI e ao imperialismo norte americano, afundando o Brasil em dívidas, inflação, concentração de renda e miséria. O mesmo PSDB que, antes do teu corpo ser enterrado, já estava disseminando disputas entre o PSB e REDE para inviabilizar a candidatura de Marina, aliança que custou tanto a você construir.

Eu não desisti do Brasil, Eduardo. Quem desistiu foi a classe média alta que vaiou uma chefe de Estado num evento de dimensões como a abertura de uma copa do mundo porque não se conforma com o Brasil que distribui renda e possibilita a ricos e pobres, negros e brancos as mesmas oportunidades.

E tem mais uma coisa, Governador. Se ao convocar o povo brasileiro para não desistir do Brasil o senhor quis passar o recado de que quem desistiu foi Lula e Dilma, eu gostaria muito de dizer que nem eu, nem o povo e, nem mesmo o senhor, acredita nisso. Muito pelo contrário. A gente sabe que o PT resgatou o Brasil do atraso imposto pelo nosso processo histórico de colonização, do intervencionismo norte americano e da recessão dos governos tucanos. Ao contrário de desistir do Brasil, Lula e Dilma se doaram ao nosso povo e promoveram a maior política de distribuição de renda do mundo, através do bolsa família. Lula e Dilma universalizaram o acesso às universidades públicas através do PROUNI, do FIES e do ENEM. Estão criando novas oportunidades de emprego e renda através do PRONATEC e estão revolucionando a saúde com o programa mais médicos.

Eduardo, eu precisava te dizer: não fui eu, nem o povo brasileiro, nem Lula, nem Dilma que desistimos do Brasil. Quem desistiu do Brasil, meu caro, foram os mesmos que hoje estão chafurdando em cima das circunstâncias que envolvem o acidente que de forma lamentável tirou você do nosso convívio. Fazem isso com o motivo único e claro de desgastar a reeleição de Dilma e entregar o país nas mãos de quem, de fato, desistiu do Brasil.

Descanse em paz, Eduardo. Por aqui, apesar da falta que você vai fazer a todo povo pernambucano, eu, Lula, Dilma e os brasileiros que acreditam no futuro do Brasil vamos continuar na luta, porque NÓS NUNCA DESISTIREMOS DO BRASIL.

A TÁTICA DA GLOBO É: "NÃO DEIXEM A DILMA FALAR!"